um pouco mais que asma...

Ainda é rascunho (e dos brutos) quando tiver mais dignidade, digo que é a versão definitiva, por ora e euforia vai esta...
***
“Era uma vez um rapaz..., rapaz não: um homem de 31 anos. Ele sentiu o pânico que todos estavam sentindo numa sala de cinema no bairro da Tijuca; alguém no escuro tossiu e ele percebeu que a sua volta estavam mais 150 pessoas. “Evite aglomerações”, foi o que lhe veio a mente. Era como se já estivesse contaminado... começou a suar, a se engasgar com a pipoca, a sprite não ajudou, alguém também no escuro fez “shhhiii”, sua namorada não se preocupou muito (o garoto de raio na testa na tela era mais interessante),


Rele disse que não foi nada, iria ao banheiro lavar o rosto. Não foi. Não conseguiria tocar na torneira imunda de possibilidades. A luz do imenso hall apesar de fria, o partia em dois, não sentia o ar nos pulmões puxava e puxava e só o ââârhhhh afônico, buscou a bombinha, deixou na mochila, na sala 2 do cinema, poltrona h1, ironia... sentia o peito queimando, não podia abrir a camisa, pois vestia uma simples malha... ninguém vinha acodir a sua agonia... curvado, mãos no joelho, cabeça baixa, em busca do ar fugidouro, como se ali em baixo ele fosse menos raro, sua mente só pensava em Orwell e a sacanagem que a amazon fez com os donos do seu 1984... e ele quase contaminado e em panico só ouvia as ovelhas de a revolução dos bichos balindo nos seus ouvidos: “quatro patas bom, duas patas melhor... quatro patas bom, duas patas melhor... quatro patas bom, duas patas melhor... quatro patas bom, duas patas melhor” e o cortejo de suínos bípedes nus feito nós, a marcharem em todas as direções. De fato era um revolução. E ninguém vinha, e sua namorada não vinha, foi se dando que nada viria e subitamente tudo parou de girar, as ovelhas sumiram, a luz já não cegava, a respiração ainda agitada,mas o ar, o ar ali estava e tudo voltou ao normal... mas por vias das dúvidas foi embora, pegou o primeiro vôo para Índia, onde, hare baguandi, ele se banharia no Ganges. Antes, deixou um recado a namorada com o lanterninha: que ela podia ficar com o seu original de Animals, do Pink Floyd... 

7 comentários:

Mundo Dos Desenhos disse...

Caro amigo essa "coisa" de gripe está te deixando maluco!! Relaxa!! Aparece lá em casa pra gente ouvir um Black Sabbath (War Pigs) rsrsrs!!

Ricardo Freitas disse...

gostei do esboço! a gripe é realmente uma coisa q está preocupando,,, rs

pensei q todos fossem virar porcos no cinema,,, rs

Elisa Gaivota disse...

Genial a analogia com "A Revolução dos bichos", muito bom mesmo. Adoro do ritmo dinâmico enxuto de suas crônicas e contos, assim como o teor realista/naturalista deles; uma mistura de Hemingway e Thomas Mann... com uma pitada surreal Kafkiana. beijo grande

Bruna Mitrano disse...

Amo esse disco do Floyd...o porquinho voando...

Unknown disse...

O bom desse povo c/ que ando é que todos pegam as referências!!! rs...

Anônimo disse...

Continuo lendo sem comentar. É que é tão bom que eu fico com medo de estragar. Beijo.
Vana

Unknown disse...

haha, estragana nada, só amplia os espectro e trás novas possibilidades de leitura (até pra mim). Comente, comente!!!

Postar um comentário