E então aqui chegamos...
Será que grito para que todos ouçam? Não. Já está na minha cara mesmo...
Não posso, e pior, não sei escrever esse momento da minha vida; muitos, de uma forma ou outra, já o fizeram por mim e é a eles que recorro. Não posso ser mais óbvio...
Nel mezzo del camim...
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
[Olavo Bilac]
[Fernando Pessoa]
UM SONETO e um trecho de outro...
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
...
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
[Vinícius de Moraes]
mudança de comportamento
Uma delicada lembrança
Branca neve que nunca senti
Solidão me deixe forte
Talvez resolva meus problemas
Eu morreria por você
Na guerra ou na paz
Eu morreria por você
Sem saber como sou capaz
E aqui estou eu sozinho com o tempo
...
É isso mesmo meus amigos... fecha-se um ciclo.
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
...
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
[Vinícius de Moraes]
mudança de comportamento
Uma delicada lembrança
Branca neve que nunca senti
Solidão me deixe forte
Talvez resolva meus problemas
Eu morreria por você
Na guerra ou na paz
Eu morreria por você
Sem saber como sou capaz
E aqui estou eu sozinho com o tempo
...
Mudanças no meu comportamento
Distância louca de mim mesmo
Vontade de sentir o passado
Presente prá você
Eu morreria por você...
Distância louca de mim mesmo
Vontade de sentir o passado
Presente prá você
Eu morreria por você...
[Ira!]
É isso mesmo meus amigos... fecha-se um ciclo.
1 comentários:
migu!
espero q esteja td bem com vc,,, ahn,,, vc sabe né? eu te entendo só d olhar pra sua cara! e mesmo não estando olhando mto, imagino o q deve estar se passando,,, então: força! vá em frente,,, marias que somos,,, e olha: pelo menos, no meio do redemoinho, vc está conseguindo ver beleza nas coisas né? ótimas poesias,,, a dor nos fará idealistas.
ricardo
Postar um comentário